Ainda existem muitas fantasias e receios das pessoas sobre o processo terapêutico. Mas afinal, o que vem a ser terapia?
É um relacionamento interpessoal com regras próprias, em horário e locais limitados e determinados, utilizando inúmeras técnicas e meios auxiliares.
E como tal, exige que paciente e terapeuta estejam disponíveis e abertos para esse encontro.
O primeiro ponto para se decidir pela terapia é o desejo de fazer terapia. E vale ressaltar que o desejo tem que ser seu.
Com exceção das crianças, que em geral são trazidas pelos pais, é impossível tratar quem procura ajuda simplesmente por indicação, mas não deseja de fato ser tratado.
Temos que nos atentar para o fato de que a terapia só terá função em nossas vidas se realmente desejamos vivenciar este processo e ir em busca do nosso autoconhecimento.
Bom, depois desta decisão surgem outras dúvidas: “Como escolher o terapeuta?”, “Qual é a melhor abordagem?”.
É natural que as pessoas que já conhecem a psicologia se identifiquem mais com determinada abordagem, entretanto, ouso dizer que a escolha do psicólogo sobrepõe a do método, pois o terapeuta é em si um método.
Uma fantasia que existe no imaginário social é a de que o psicólogo não pode ter defeitos.
Há pessoas que gostam de endeusar as outras e quando percebem que o psicólogo possui limitações inerentes a sua condição humana se decepcionam: “se ele próprio tem problemas, como é que ele vai curar alguém?”.